quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Mercado Intelectual - Feira de alguns Canalhas Furrecas e Medíocres.

O Futuro do mundo é ser Brega. Vejo uma banalidade social todos os dias no meio da educação. Estou aqui sentado, em uma biblioteca, na parte de Filosofia, Religião e Política admirando as obras de diversos autores e estou pensando, será que professores gostam de ler? Não caro leitor, muitos deles não gostam (digo isso pois já presenciei fatos que provam isso). No ensaio dessa semana venho trazer  exemplos de hipocrisias no ensino, vertentes que você finge muita das vezes não existir (pois será mais cômodo à você), nesse mercado Intelectual que é magnífico em vários aspectos e fascista em outros. Observo um mercado de profissionais muita das vezes revoltados, professores que não gostam de dar aulas e escolheram Licenciatura por ter sido mais fácil de passar no vestibular e na área de humanas que o curso teoricamente "dizem" ser mais fácil de se concluir. Profissionais com esse perfil, tendem a ser péssimos professores, estressados, chatos, que não gostar de gastar seu tempo lendo e ainda defendem teorias para ter uma defesa pessoal, e pior, fingem gostar e acreditar naquilo que fazem, amam reclamar do salário toda hora e em todo lugar. Esse aspecto é muito visto nas Universidades. Segundo o Historiador Frye, a Universidade é um local onde reúne pessoas de personalidade insegura e medíocre, que se escondem atrás de teorias conhecidas para garantir seu "espaço intelectual" nas instituições do conhecimento. A mídia é um outro tipo de espaço intelectual super brega e "furreca" em muita das vezes, pois fala sempre o que a maioria quer ouvir e aumenta as chances de ser aceita pela sociedade de forma geral (ou pela classe média que é  maioria no País e o grupo mais ativo nesse sentido de consumir o marketing da mídia), por isso inibe o risco de confronto, barateia o debate público, manipula e mostra apenas um lado dessa planeta de "intelectuais" (ou seja, o que todo mundo quer ver: pensadores que amam todo mundo, amam à pátria e estão preocupados com o futuro dela.) .

 Alunos assim como eu que estão passando pela tensão "Pré-ENEM" sempre ficam em dúvida no que fazer, qual curso escolher, muitos buscam e lutam pelo curso que se deseja, independente da concorrência (exemplo de Medicina, Direito e Engenharia Civil, que são os cursos mais concorridos). Outros preferem os cursos menos prestigiados como os de humanas (eu sou um exemplo), que em sua maioria levam aos de Licenciatura (porém não tão menos importante que as demais), cursos de total importância, porém muito desvalorizados e ridicularizados, até mesmo por alguns alunos que escolheram esse tipo de curso para brincar, achando que é um Hopi Hari, escolheu Física, porém não sabe fazer uma regra de "3", é um estudante de História e nunca leu nada, não sabe quem foi Luís XIV (Coitados). O Governo Federal Brasileiro ainda contribuí para a má visão que já se tem dos cursos de Humanas em sua maioria. Esse Ciência sem Fonteiras é o maior exemplo, (clique aqui para mais informações sobre o projeto) onde apenas os alunos dos cursos de Biológicas, Tecnologia e Engenharia tem direito a bolsa pelo programa. Aí eu te pergunto, Senhor (a) leitor (a), Porque apenas beneficiar alunos dessas áreas? Porque não os de Humanas? A resposta é clara, um estado capitalista como o nosso, quer retorno, e rápido, os profissionais que mais corresponderão a demanda do estado e da sociedade de forma ágil, são os dessas áreas por que estão em evidência no mercado de trabalho, já o pessoal de humanas (eu futuramente) em sua maioria licenciados, não são tão bem vistos pelo mercado de trabalho, sociedade e governo federal. Imagine você leitor, quem sabe um futuro ou atuante profissional da Área de Humanas e Sociais, não poder usufruir de um projeto tão legal, com fins e intenções como esse (eu não critiquei o programa apenas essa "prioridade BREGA"). Ainda aqui sentado na Biblioteca, estou com um Livro de Nietzsche no colo, e pensando, imagine os alunos de História, Filosofia (esse é meu futuro curso), e Ciências Sociais estudando em Sorbonne - París (sonho de consumo de qualquer aluno da área de Filosofia), Tel Aviv - Jerusalém, e o pessoal de Artes estudar nas Universidades Italianas, Utopia, caro leitor? Sim é.


Outro ponto que quero destacar nesse Ensaio são os pseudos-intelectuais (pessoas que se preocupam com o efeito estético de suas posições em detrimento de um real conhecimento de assuntos específicos, com a finalidade de parecer superior socialmente ou adquirir admiração às custas de um "parecer" e não de um "ser")., gentinha que ama dizer que gosta de ler, que adora comprar livros, e fazem de tudo para sempre estar nos núcleos intelectuais, para ser bonitinha, uma "Lispector" da vida (Coitados(a)!). Fazer algo para ser notada é característica de Pessoinhas como essas, poetizar em redes sociais, escrever um livro um dia que colocará na mesa do escritório e dirá que é lindo. Seres humanos assim geralmente são pessoas medrosas, que não se metem a conversar com pessoas que são consideradas uma ameça para o discurso delas (alguém que faz parte do ramo intelectual), por isso procuram apenas frequentar o mesmo barzinho, livraria que esse tipo de pessoas, não ir além disso, (um debate filosófico, discutir sobre Dostoievisk etc) mas para demonstrar seu "talento" escolhe pessoas que ela considera inferior a ela (pessoas que não dominam nada, fáceis de serem manipuladas). Minha Crítica nesse ensaio é para a hipocrisia novamente, agora no mundo do intelecto, não estou nem aí para recalques, como comecei dizendo que "O Futuro do mundo é ser Brega", terminarei usando uma frase do Pondé "O Mundo virou um churrasco na Laje".

- Até a próxima semana, caro leitor!


Por: Davi Reis de Jesus

2 comentários:

  1. É desprezível como a sociedade banaliza a "cultura", sim, entre aspas, porque aquilo que pessoas como Nós consideramos lixo (embora nem sempre expondo esta opinião de forma ofensiva como vejo muito por aí) também o é, fruto de N fatores que estamos exaustos de saber, da mesma forma que humanas, creio que qualquer curso licenciatura em especial, é menosprezado por não estarem entre os cursos de maior remuneração, também em consequência dos mesmos N fatores, além de a grande maldição humana deste e certamente do próximo século: "Status”. Vejo muito de Pondé neste Ensaio, verdade que discordo em diversos aspectos, entretanto, posso afirmar que estamos todos no mesmo barco de “Politicamente Incorretos” (:

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  2. Exatamente minha cara, Pondé usou muito dessa mesma visão em seu livro "Guia do Politicamente Incorreto da Filosofia". Escolhi Filosofia e não foi para brincar, porém sei da visão social que meu curso tem, e quer saber? Não to nem aí! A sociedade é chata, furreca sabe? Ultrapassada.

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