sexta-feira, 12 de julho de 2013

Um ser chamado Humano.

O homem é algo a ser superado - Nietzsche (1844-1900). É difícil definir um ser tão rico (e tão pobre ao mesmo tempo), tão complexo e variado  como o humano ,se pegarmos o dicionário veremos os significados que a palavra "humano" recebe ( que eu achei super brega) como: Carinhoso, bondoso, gentil, sensível... Será? será mesmo que esses adjetivos estão corretos? bem os adjetivos estão porém não a quem foi dado. Para os Rousseaunianos estão corretos pois concordam com  a linha de pensamento de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) com a teoria do bom selvagem, mas para os Hobbesianos e Kantianos tendem a descordar pois o ser humano é ruim, arrogante e cruel por natureza. Enfim um ser chamado humano é um prelúdio incessante da existência moral, social, política e até científica  desse ser "racional", ser o qual compartilhamos da mesma fôrma universal, do mundo das ideias (descrito por Platão). Toda a História da Filosofia tem o ser humano como base ou alvo, desde de nosso amado Sócrates, passando por Platão e Aristóteles, as escolas helenísticas, os filósofos/teólogos Medievais, Descartes e toda corrente racionalista , Locke e o empírismo britânico,Rousseau,Kant, Schopenhauer e assim sucessivamente. Vemos então a incessante e instigante busca do conhecimento de si,de sempre se saber quem é enfim o "homem", a busca de respostas para perguntas existenciais como:
- quem somos nós? 
- de onde viemos?
- o que estamos fazendo aqui?
- para onde vamos?
Então vemos o ser como base de tudo, como dizia o Francês Jean Paul Sartre "O existencialismo é o humanismo" ou seja, o ser humano é a fonte de tudo. 


Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, o qual foi um dos maiores nomes da Filosofia até então e um dos maiores contribuintes para o Existencialismo e que eu comecei o nosso artigo. Em sua obra "Assim falou Zaratustra" de 1885, Nietzsche nos dá definições interessantes de um "Super-homem". Entre vários escritos, criou o termo super homem para designar um ser superior aos demais que, segundo Nietzsche era o modelo ideal para elevar a humanidade. Para ele, a meta do esforço humano não deveria ser a elevação de todos, mas o desenvolvimento de indivíduos mais dotados e mais fortes. A meta, segundo Nietzsche, seria o super homem e não a humanidade, que para ele era mera abstração, não existindo em realidade, sendo apenas um imenso formigueiro de indivíduosSegundo Nietzsche, a sociedade é o instrumento para a melhoria do poder e da personalidade do indivíduo, não para a elevação de todos. A princípio ele acreditava no surgimento de uma nova espécie de ser, porém, passou a cogitar a possibilidade do seu “super homem” ser um indivíduo superior, que se elevasse acima da mediocridade e que sua existência se devesse mais ao esforço e a educação, do que pela seleção natural.A característica dominante do super homem de Nietzsche seria o amor à  luta e ao perigo, deixando a felicidade para a maioria, os meros humanos normais, pois ao super homem caberia o dever de elevar-se além dos limites estabelecidos pela normalidade, pois nada mais terrível do que a supremacia das massas, segundo Nietzsche. Por mais de 2,5 Milênios de produção filosófica ainda não encontramos a resposta real de quem realmente somos, quanto mais se busca essa resposta outras perguntas ainda mais complexas surgem, a questão é: independente de quem somos, o nosso ser é algo maravilhoso, pois permanece ainda misterioso em si mesmo.


Por: Davi Reis de Jesus

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Indicação de Livros.

Ciência e Fé - Cartas de Galileu Galilei sobre questões dogmáticas da época como o Geocentrismo.

Contos de Machado de Assis e a Filosofia - um ótimo livro que reúne vários contos de Machado e sua relação com a Filosofia.

O Mundo de Sofia - um excelente romance da História da Filosofia e um dos livros mais vendidos no mundo, tem uma História muito legal e é fundamental e recomendável para os que estão adentrando agora no mundo da Filosofia.
Miséria da Filosofia - Por Karl Marx, Miséria da filosofia, a resposta à Filosofia da Miséria de Proudhon, é um livro escrito em 1847 por Karl Marx e publicado em Paris e Bruxelas. Nele Marx critica a EconomiaFilosofia de Pierre-Joseph Proudhon fazendo uma ironia com o subtítulo da obra do adversário. É um trabalho pequeno de volume único (tem metade do tamanho do Tomo I de Contradições) e saiu apenas um ano depois de Contradições.

Obs: Essas obras são ilustrativas e apenas indicações de livros que eu possuo e já li, não é marketing (que eu acho brega). Curtam a leitura e podem deixar comentários do que acharam.


Por: Davi Reis de Jesus


terça-feira, 9 de julho de 2013

Escola Helenística dos Cínicos.

Diógenes - nome mais marcante dos Cínicos. (em homenagem à Cícero Alberto, meu grande amigo!)
O modo de pensar dos cínicos é apenas mais um dos vários que surgiram no período helenístico. Juntamente com epicuristas e estoicos, o cinismo é considerado como escola filosófica e não por ser constituído por uma doutrina sistemática, mas pela opção de um modo de vida que se manifestava contra as transformações ocorridas na Grécia no período do domínio macedônico.
Não se tem certeza sobre quem fundou o cinismo, Diógenes certamente foi sua figura mais marcante. Seu estilo de vida opõe-se tanto ao dos não filósofos quanto ao dos filósofos. O cínico rejeita o modo de vida que se baseia na investigação científica, bem como também aquilo que os homens em geral consideram indispensável: as regras, a vida em sociedade, a propriedade, o governo, a política, etc.
A prática de vida dos cínicos baseia-se no impudor deliberado: fazem sexo em locais públicos, comem sem utensílios e sem preparar os alimentos, não usam vestimentas, etc., isto é, não se adaptam às conveniências sociais e à opinião. Desprezam o dinheiro, mendigam, não querem posição estável na vida, não têm cidade, nem casa, nem pátria; são miseráveis, errantes, vivem o dia a dia. Têm somente o necessário para sua sobrevivência.
O cinismo pode ser considerado uma escola filosófica, ainda que seus representantes não tenham ministrado qualquer ensino em alguma escola. No entanto, a relação que havia entre mestre e discípulo confere ao cinismo um caráter escolar. Porém, o teor filosófico da escola cínica tem pouca expressão. Os cínicos não se atêm às construções teóricas sob qualquer tema: quando se afirmava que o movimento não existia, Diógenes, por exemplo, contentava-se em ficar de pé e andar. A filosofia cínica é unicamente uma escolha de vida, a escolha da liberdade total e absoluta ou da independência das necessidades inúteis, da recusa ao luxo e da vaidade presentes na vida social.

Conta-se a anedota de que estava Diógenes deitado tomando o seu sol quando chegou a ele Alexandre, o Grande (imperador que dominou a Grécia) e dizendo que lhe daria tudo aquilo que ele quisesse, bastava dizer. Diógenes lhe disse, então, que gostaria que o dono do maior império até então conquistado, simplesmente saísse de sua frente, pois estava atrapalhando seu banho de sol, o que mostra o estado de imperturbabilidade em que se propõe o cínico.
Outro grande expoente da escola cínica foi Pirro. Este, contra toda prudência, afrontava todos os tipos de riscos e perigos. Dizem que ele continuava falando mesmo quando seus ouvintes já haviam partido. Conta-se também que certa vez, vendo seu mestre Anaxarco caído num pântano, passou sem socorrê-lo e, depois, o mestre o felicitou, louvando sua indiferença e a impassibilidade.
O comportamento de Pirro corresponde a uma escolha de vida que se resume perfeitamente em uma palavra: a indiferença. Ele não faz distinção entre o que é considerado perigoso ou não, entre o que é bom ou mal. Não dá importância ao estar num lugar ou noutro; não leva em conta os julgamentos que consideram as tarefas superiores ou inferiores; não distingue entre o que se denomina prazer ou sofrimento, a vida e a morte. Tudo isso depende do valor que o homem atribui às coisas e todo valor é fruto de uma convenção. Pouco importa o que se faça desde que se faça com a disposição interior da indiferença. A filosofia de Pirro consiste em firmar-se em um estado de igualdade consigo mesmo, de indiferença total, de independência absoluta de liberdade interior, de impassibilidade, tranquilidade, imperturbabilidade, estados esses que ele considera divino. Para este tipo de filosofia, a virtude é a indiferença absoluta.

Para adquirir tal indiferença é preciso desvencilhar-se, desligar-se completamente da debilidade humana, dos bens materiais, da luxúria, dos prazeres, das ocupações, das convenções e elevar-se até o sobre-humano, que é um estado de simplicidade, de naturalidade. Para Pirro, o ideal do homem é ser um “bom homem”, e este só se alcança pela prática da indiferença, fugindo do homem social, corrompido pelos costumes e pelas convenções.
Por isso, a filosofia de Pirro, semelhante à de Sócrates, é uma filosofia vivida, não contemplativa, um exercício de transformação do modo de viver que promove a verdadeira paz interior, a indiferenciação e a autarquia ou liberdade absoluta do homem.

Pesquisa: Davi Reis de Jesus
Fonte: Clique aqui

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Escola de Frankfurt.

Escola de Frankfurt nasceu no ano de 1924, em uma quinta etapa atravessada pela filosofia alemã, depois do domínio de Kant e Hegel em um primeiro momento; de Karl Marx e Friedrich Engels em seguida; posteriormente de Nietzsche; e finalmente, já no século XX, após a eclosão dos pensamentos entrelaçados do existencialismo de Heidegger, da fenomenologia de Husserl e da ontologia de Hartmann. A produção filosófica germânica permaneceu viva no Ocidente, com todo vigor, de 1850 a 1950, quando então não mais resistiu, depois de enfrentar duas Guerras Mundiais.
Ela reuniu em torno de si um círculo de filósofos e cientistas sociais de mentalidade marxista, que se uniram no fim da década de 20. Estes intelectuais cultivavam a conhecida Teoria Crítica da Sociedade. Seus principais integrantes eram Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Leo Löwenthal, Erich Fromm, Jürgen Habermas, entre outros. Esta corrente foi a responsável pela disseminação de expressões como ‘indústria cultural’ e ‘cultura de massa’.
A Escola de Frankfurt foi praticamente o último expoente, o derradeiro suspiro da Filosofia Alemã em seu período áureo. Ela foi criada por Félix Weil, financiador do grupo, Max Horkheimer, Theodor Adorno e Herbert Marcuse, que a princípio a administraram conjuntamente. Ernst Bloch e o psicólogo Erich Fromm acompanhavam à distância o despertar desta linha filosófica, que vem à luz justamente em um momento de agitação política e econômica vivido pela Alemanha, no auge da famosa República de Weimar. Seus membros seriam partícipes e observadores das principais mutações que convulsionariam a Europa durante a Primeira Guerra Mundial, seguida por outros movimentos subversivos, dos quais ninguém sairia impune.
Esta Escola tinha uma sede, o Instituto para Pesquisas Sociais; um mestre, Horkheimer, substituído depois por Adorno; uma doutrina que orientava suas atitudes; um modelo por eles adotado, baseado na união do materialismo marxista com a psicanálise, criada por Freud; uma receptividade constante ao pensamento de outros filósofos, tais como Schopenhauer e Nietzsche; e uma revista como porta-voz, publicada periodicamente, na qual eram impressos os textos produzidos por seus adeptos e colaboradores. O programa por eles adotado passou a ser conhecido como Teoria Crítica.

Os integrantes da Escola assistiram, surpresos e assustados, a deflagração da Revolução Russa, em 1917, o aparecimento do regime fascista, e a ascendente implantação do Nazismo na Alemanha, que culminou com um exílio forçado deste grupo, composto em grande parte por judeus, a partir de 1933. Esta mudança marcou definitivamente cada um deles, principalmente depois do suicídio de Walter Benjamin, em 1940, quando provavelmente tentava atravessar os Pireneus, temeroso de ser capturado pelos nazistas.
Eles se tornam nômades, viajando de Genebra para Paris, então para os EUA, até se fixarem na Universidade de Columbia, em Nova York. A primeira obra produzida pelo grupo foi denominada Estudos sobre Autoridade e Família, gerada na Cidade-Luz, na qual eles questionam a real vocação da classe operária para a revolução social. Assim, eles naturalmente se distanciam dos trabalhadores, atitude que se concretiza com o lançamento do livro Dialética do Esclarecimento, lançado em 1947, em Amsterdã, que já praticamente elimina do ideário destes filósofos a expressão ‘marxismo’. Erich Fromm e Marcuse dão uma guinada teórica ao juntar os conceitos da Teoria Crítica aos ideais psicanalíticos. Marcuse, que optou por ficar nos Estados Unidos depois da volta do Instituto para o solo alemão, em 1948, foi um dos integrantes da Escola que mais receptividade encontrou para sua produção intelectual, uma vez que inspirou os movimentos pacifistas e as insurreições estudantis, fundamentais em 1968 e 1969, os quais alcançaram o auge no chamado Maio de 68.
Por outro lado, Adorno, até hoje tido como um dos filósofos mais importantes da Escola de Frankfurt, prosseguiu sua missão de transformação dialética da racionalidade do Ocidente, na sua obra Dialética Negativa. Sua morte marca a passagem para o que alguns estudiosos consideram a segunda etapa da Escola, que encontra seu principal líder em Jürgen Habermas, ex-assessor de Adorno e, posteriormente, seu crítico mais ardoroso.

Pesquisa: Davi Reis de Jesus
Escrito por: Ana Lucia Santana

domingo, 7 de julho de 2013

Sexo e a Filosofia.

Bom dia caro leitor, estamos aqui novamente hoje em um tema que todos adoram "Sexo" como diz uma amiga minha: "o que move o mundo no século XXI são dois fatores; SEXO e DINHEIRO,  ninguém vive sem eles" (e eu concordo viu, atire a primeira camisinha quem não gosta ou quem não fica de mal humor sem eles!). 
O sexo – primeiramente – é uma condição pré-determinada e imposta pela natureza, para que uma pessoa possa vir ao mundo. Ninguém nasce sem fazer parte de um gênero (masculino ou feminino). O indivíduo cresce sabendo que tem um dever a ser cumprido “genitaliamente”. E tem em sã consciência de que seu corpo é seu maior patrimônio, portanto, devendo preservá-lo.

Mas, sexo também é uma questão de filosofia. Nem todas as pessoas, por exemplo, obedecem à sexualidade externa, muitas vezes seguindo a interior, como é o caso dos homossexuais.

A verdade é que quase ninguém fica sem fazer sexo. Cada um usa a ferramenta que tem para sentir prazer. Quer seja com uma pessoa do sexo oposto, quer seja com alguém do mesmo. Para se fazer sexo é preciso ter duas ou mais pessoas. Isso não é novidade pra ninguém! O que dizer, por exemplo, da masturbação?: Uma descoberta das funcionalidades do próprio corpo? O conhecimento de si mesmo(a)? Ou uma fuga e/ou compensação pela falta de um(a) parceiro(a)?

Fazer sexo é uma questão de necessidade, mas também de filosofia e de obrigação com o par.

O sexo está, por exemplo, na base da pirâmide de Maslow, que determina que se trata de uma necessidade primária do ser humano, assim como comer e se vestir. Uma pessoa que fica sem ter relações por muito tempo, costuma ficar mal-humorada ou até mesmo depressiva. Transar é um vício imposto pela natureza para que o ser humano se reproduza.

Como filosofia, porque está na cabeça de cada um se quer praticá-lo ou não, quando, onde e como. Tem gente que é mais monogâmica e prefere uma coisa simples (a dois). Já outros querem sair “pegando” todo mundo que vê pela frente ou até mesmo em grupo. Tem pessoas que o praticam por profissão. Fatores como religião e medo de pegar doenças podem determinar como um ser encara tudo isso, a freqüência e a conseqüência de seus atos. Tem gente que simplesmente obedece aos instintos se esfregando em alguém. Também tem os que o vêem como terapia, enquanto que outros, um modo de libertação e até mesmo purificação, num rito de celebração à vida e contato com seu “eu” e sua divindade. O que dizer, então, do tantra yoga e do Kamasutra?

Tem homens que só gostam de transar sem camisinha e fazem questão de gozar “dentro”. São como cachorros ou gatos que fica urinando nos cantos para deixar seus rastros.

Tem indivíduos que gostam de fetiches, como “brincadeiras”, uso de certos objetos e até mesmo fantasias (ex.: enfermeira, médico, policial, bombeiro, mecânico, professora, super-herói etc.), além de chicotadas, puxões de cabelo e tapas na cara. Tudo isso em nome do prazer!

E como obrigação, é um dos vínculos fundamentais para a manutenção de uma relação/casamento. Há quem diga que a união entre duas pessoas vá muito além de cama. Mas, a verdade é que quase ninguém admite que sem a transa tudo se desmorona. E a desculpa para uma separação é sempre que o “amor” acabou. Isso é um tipo de pensamento de quem geralmente quer se supervalorizar, acreditando possuir conteúdo interior. Se sexo não fosse tão importante, os noivos não fugiriam da festa de casamento para ir correndo aproveitar a lua-de-mel, por exemplo.
Dificilmente, Você vai encontrar alguém – tanto faz ser homem ou mulher – que não se arrependa de ter se casado cedo, alegando que se pudesse voltaria no tempo e ficaria solteiro(a), para poder “aproveitar” mais a vida.

Por que um pai fica todo prosa ao saber que o filhão está cheio de “gatinhas”??? Só por que ele está mostrando que é macho e está lhe dando orgulho? Talvez!!! Uma grande verdade é que o pai poderia estar se realizando através do filho, compensando assim seu “fracasso”, ou o que ele em sua juventude, por estar apaixonado demais, não teria conseguido fazer. Ou se o fez, não foi o suficiente, por ter se “amarrado” depressa.

O sexo ainda é um tabu muito grande entre os gêneros. Você jamais vai ver um pai ou uma mãe dizendo: “filha, aproveite que Você ainda é solteira e dê bastante!”.Certamente, ouvirá um pai aconselhando o filho a “passar o rodo” geral. E a mãe, dizendo, que seu filho tem que respeitar as filhas dos outros (tudo isso baseado também em sua condição de mulher). Homens têm mais liberdade pra transar que as mulheres. Veja o caso de certos povos que permitem que um homem tenha várias esposas (poligamia), enquanto a mulher, só um marido. Mas, se pudessem ter mais de um macho ao mesmo tempo, o termo seria “poliandria” (poligamia feminina). Ainda em pleno século 21 existe um pensamento diferenciador – para não dizer discriminatório: se um rapaz tem várias namoradas, ele é um garanhão, um mulherengo. Mas, se uma moça tiver vários namorados, então é chamada de piranha, galinha, vagabunda, rapariga (só em Portugal que significa moça virgem, pois aqui no Brasil, mesmo que o dicionário tenha a mesma definição que de lá, costuma ser utilizado pejorativamente) e por aí vai... Mas, o que seria dos homens se não existissem as mulheres “fáceis”?

Outra verdade é que os homens estão protegidos religiosamente. Em um dos Dez Mandamentos diz que não se deve desejar a mulher do próximo. No entanto, não fala nada sobre desejar o homem da outra!

Tenham um excelente domingo Senhores Leitores!

Pesquisa: Davi Reis de Jesus
Fonte: Mundo Dimais

sábado, 6 de julho de 2013

A Ética em Epicuro.

A doutrina de Epicuro surgiu em um momento de insatisfação com a condição das Cidades-Estados gregas. A vida social na Pólis era leviana e marcada pela injustiça social. O poder se concentrava nas mãos de poucos: a aristocracia urbana. Não havia felicidade entres os homens no contexto social, no qual as pessoas se interessavam estritamente pelas riquezas e pelo poder; no contexto religioso, no qual predominava a superstição, a religião tornou-se servil, cercada de mitos e ritos sem significação e também crescia a procura por oráculos e a crença em adivinhações. As pessoas gozavam dos prazeres mais supérfluos advindos das riquezas e, assim, eram relativamente felizes, pois estavam se esquecendo do que realmente proporciona a felicidade. Foi a partir disso que Epicuro criou sua doutrina contra a superstição e os bens materiais, voltada para uma reflexão interior e busca da verdadeira felicidade.
Essa doutrina é dividida em canônica, física e ética. Porém, as duas primeiras partes são esclarecimentos para a fundamentação da ética, visto que as ciências naturais só são importantes na medida em que servem de auxílio à moral. Nenhuma teoria é válida se não possuir um objetivo moral, o qual não possa ser aplicado na vida prática. A finalidade de sua ética consiste em propiciar a felicidade aos homens, de modo que essa possa libertá-los das mazelas que os atormentam, quer advenham de circunstâncias políticas e sociais, quer sejam causadas por motivos religiosos.
A Felicidade é alcançada por meio do controle dos medos e dos desejos, de maneira que seja possível chegar à ataraxia, a qual representa um estado de prazer estável e equilíbrio e, consequentemente, a um estado de tranquilidade e a ausência de perturbações, pois, conforme Epicuro, há prazeres maus e violentos, decorrentes do vício e que são passageiros, provocando somente insatisfação e dor. Mas também há prazeres decorrentes da busca moderada da Felicidade.
Segundo Epicuro, a posse de poucos bens materiais e a não obtenção de cargos públicos proporcionam uma vida feliz e repleta de tranquilidade interior, visto que essas coisas trazem variadas perturbações. Por isso, as condições necessárias para a boa saúde da alma estão na humildade. E para alcançar a felicidade, Epicuro cria 4 “remédios”:
1. Não se deve temer os deuses;
2. Não se deve temer a morte;
3. O Bem não é difícil de se alcançar;
4. Os males não são difíceis de suportar.
De acordo com essas recomendações, é possível cultivar pensamentos positivos os quais capacitam a pessoa a ter uma vida filosófica baseada em uma ética. A felicidade se alcança através de poucas coisas materiais em detrimento da busca do prazer voluptuoso. O homem ao buscar o prazer procura a felicidade natural. No entanto é necessário saber escolher de modo que se evite os prazeres que causam maiores dores; quando o homem não sabe escolher, surge a dor e a infelicidade.
O sábio deve saber suportar a dor, visto que logo essa acabará ou até mesmo as que duram por um tempo maior são suportáveis. A conquista do prazer e a supressão da dor se dão pela sabedoria que encontra um estado de satisfação interna. A virtude subordinada ao prazer só pode ser alcançada pelos seguintes itens:
  • Inteligência – a prudência, o ponderamento que busca o verdadeiro prazer e evita a dor;
  • Raciocínio – reflete sobre os ponderamentos levantados para conhecer qual prazer é mais vantajoso, qual deve ser suportado, qual pode atribuir um prazer maior, etc. O prazer como forma de suprimir a dor é um bem absoluto, pois não pode ser acrescentado a ele nenhum maior ou novo prazer.
  • Autodomínio – evita o que é supérfluo, como bens materiais, cultura sofisticada e participação política;
  • Justiça – deve ser buscada pelos frutos que produz, pois foi estipulada para que não haja prejuízo entre os homens.
Enfim, todo empenho de Epicuro tinha como meta a felicidade dos homens. Nos jardins (comunidade dos discípulos de Epicuro) reinava a alegria e a vida simples. A amizade era o melhor dos sentimentos, pois proporcionava a correção das faltas uns dos outros, permitindo as suas correções. Com isso, a moral epicurista é baseada na propagação de suas ações, pois ele não se restringiu apenas ao sentimento e ao prazer como normas de moralidade, mas foi muito além de sua própria teoria, sendo o exemplo vivo da doutrina que proferia.

Pesquisa: Davi Reis de Jesus
Escrito Por: João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAM
P

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Amor e Posse!

Amor ou Posse ?


O ser humano quer amar, deseja amar e ser amado, ardentemente, de forma sincera, total e fiel . Porque o amor é bom, porque o amor é o motor da vida, porque sem amor a vida deixa de ter sentido .
Amor em geral, amor família e amor passional .
Mas se o amor é único, é a solução, é o caminho....então porque continuamos a não ser felizes ? Porque continuamos a querer algo mais, sempre mais, porque continuamos a não saber verdadeiramente o que é o amor ? Porque continuamos a não sentir verdadeiramente o amor, o sentimento, a sensação ?
Talvez porque não saibamos amar; talvez porque confundamos o amor com posse; talvez porque desconfiamos sempre; talvez porque confundamos amor com dependência; talvez porque tenhamos medo.
No instinto de sobrevivência, no fenómeno do medo, encontramos o alicerce da questão : o ser humano, de modo inato, quer possuir, até o próprio amor; até o próprio objecto do amor .
E isto porque tem medo de perder !
Será o instinto de sobrevivência ?
Na natureza, vencer ou ser vencido !
Viver através da posse; possuir para viver . E, no entanto, quem vive aprisionado ? Quem vive condicionado pelo medo contínuo de perder ?
A ave, dentro da gaiola, não tem alegria; o seu canto não tem o brilho, o vigor, a felicidade duma ave livre ...
Porque razão queremos aprisionar o amor ?
Porque não acreditamos em nós, nem no amor ?
Porque razão quando amamos, queremos possuir ? E, possuindo, não queremos perder !
Básicamente, não queremos perder !
Básicamente, não confiamos em nós!
Básicamente, temos medo de ficar sós !
O ser humano foge contínuamente de estar só; é um medo enorme da solidão ! Porque não gostamos de nós, porque estamos contínuamente à espera que o outro alguém nos traga a felicidade.
Ou será porque o ser humano foi criado para não estar só! Não conseguimos estar sós, porque fomos programados para dar : dar e receber ! E estando só, não sabemos dar a nós próprios !
No fundo, o querer possuir, o ser nosso é uma limitação da felicidade, porque gera cíume, desconfiança, conflitos e discussões .
O amor nunca poderá florescer, se estiver enclausurado . É como uma flor numa jaula, que dificilmente crescerá, porque não há espaço para a criatividade, nem espaço para o próprio crescimento .
E, sem crescer, tudo pára e morre. Até o amor !

Fonte: Internet

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Loucura e Foucault.

Os Discursos sobre a Loucura como Instrumento de Poder em Michel Foucault.


Durante todo o decorrer da história, pouca importância fora dada com a questão do “insano”. Durante a Idade Média, tal problema era visto simplesmente como um erro, uma falha da razão. Neste período, o maior enfoque de exclusão seria dado, segundo Foucault, sobre o leproso (FOUCAULT, 1972, p. 3). Porém, com o advento da Idade Moderna, observaremos o surgimento de um novo ideal que consistirá na exaltação da razão. É a partir deste ideal de racionalidade, que o louco acaba se tornando um sinal de contradição nestes meios, de modo que já não será tratado apenas como um mero erro, mas, também, como uma ameaça à razão. No início da contemporaneidade, novas idéias, teorias e instituições, iriam reforçar este discurso de forma que o louco não seja mais um problema da sociedade, mas sim, um problema puramente do domínio científico. Com o surgimento da Psiquiatria e as mistificações da ciência, a loucura ganharia casa e padrastos, por meio de discursos que a legitimariam como doença. Assim, considerando certos domínios científicos, a loucura passaria a ser criminosa, perigosa e talvez “contagiosa”.
Ora, analisando esta situação, queremos mostrar nesta pesquisa, que estes discursos seriam aceitos por uma pluralidade de receptores onde também se tornariam emissores destes. No entanto, a problemática aqui apresentada não estaria apenas sobre um idealizador, cruel que dominaria um monopólio do discurso, mas de uma sociedade em sua complexidade que concomitantemente exclui e deporta não só os loucos, mas todo e qualquer indivíduo que ameaçar a sua “suposta” tranqüilidade.
Desta forma, queremos, por meio do pensamento de Michel Foucault, pesquisar o discurso sobre a loucura durante os séculos XV a XIX como formas de poder, isolamento e punição, no intuito de mostrar que tanto o saber médico, quanto a internação psiquiátrica, tornaram-se alguns dos instrumentos de poderes institucionais da época. Conseqüentemente, este saber médico juntamente com outras ciências podem ter sido os grandes responsáveis por estabelecerem a fronteira entre a racionalidade e a loucura sem ao menos ter total conhecimento de o que ela realmente é. A loucura, entretanto, será vista pelo mundo psiquiátrico como a ameaça de uma doença à sociedade. E como toda doença, deve-se fazer existir uma cura.
Durante o século XVIII, o fenômeno de exclusão para com os loucos torna-se muito mais evidente com as internações. Serão os hospícios que se transformarão em fins terapêuticos e penitenciários. Desta forma, cabe-nos a pergunta: como surgiu esta necessidade de um aprisionamento do louco?
Para tanto, como ilustração, podemos observar que no final da Idade Média quando os leprosários já não recebiam mais doentes, surgiria um novo problema, uma nova forma de substituir os internatos para enchê-los novamente de “doentes”; este problema seria a loucura. A respeito deste assunto, Foucault (1972, p. 8) demonstra um fato curioso:
É sob a influência do modo de internamento, tal como ele se constituiu no século XVIII, que a doença venérea se isolou, numa certa medida, de seu contexto médico e se integrou, ao lado da Loucura, num espaço moral de exclusão. De fato, a verdadeira herança da lepra não é aí que deve ser buscada, mas sim num fenômeno bastante complexo, do qual a medicina demorará para se apropriar. Esse fenômeno é a Loucura.”
A partir desta concepção sobre a loucura, Foucault afirma que a medicina demorará para se apropriar da Loucura e se utilizaria de medidas talvez pouco científicas, ou seja, com alguns métodos de punição. Num primeiro momento, a loucura seria tratada sobretudo na Idade Moderna, com exclusão: os loucos seriam colocados em navios, Stultifera Navis (A nau dos loucos), e lançados ao mar. Porém, após o século XVIII, quando a loucura deixa de ser apenas um erro ou ilusão para tornar-se uma ameaça, surge o internamento, uma ilha dentro da própria civilização cuja maior preocupação não seria talvez com a perturbação da mente do louco, mas sim, com a perturbação que este poderia causar com o seu modo de agir. No entanto, no século XIX a Psiquiatria (FOUCAULT, 1997, p. 27) toma as rédeas da loucura e, com as promessas de cura, justificaria as formas de asilamento:
1 Assegurar sua segurança pessoal e de sua família;
2 Libertá-los das influências pessoais;
3 Submetê-los à força a um regime médico;
4 Impor-lhes novos hábitos intelectuais e morais;
Assim, denota-se que estas justificativas estão imersas em um discurso de poder, ou melhor, questões de poderes voltados à própria relação institucional, onde se construiria um saber acerca da loucura em total domínio da medicina.
Este discurso de continência e domínio da loucura parece vicioso na história; o período marcado pelo método cartesiano e conhecido como o “século da razão” temerá esta figura alienada e a sua ameaça racional. Restará se defender, tratando os loucos como animais e isolando-os para que não promovam a desordem.
Foucault, influenciado por Nietszche, parece fazer uma genealogia da loucura com um novo modo de analisar o Insano, ou seja, não será por uma via médica especulativa e neurológica e nem mesmo por uma via psicológica, mas sim, por uma ótica, da qual, busca-se a raiz da patologia mental na história das relações humanas.
A História da Loucura tornou-se uma obra ousada mesmo porque Foucault, no início de seus estudos, possuía um grande interesse pela psicologia, chegando a se especializar em psicopatologia fazendo estágios em hospitais psiquiátricos e mantendo contatos com os internos (LOGOS, 1990, p. 693). Mesmo assim, procurou através da história do internamento, as ilusões da ciência psiquiátrica e as mistificações da própria ciência moderna. Ao contrário do que se poderia pensar, não será uma descrição sobre uma história da loucura, baseada em teorias relativas ao tratamento dos doentes mentais, mas a partir das práticas de isolamento: práticas de isolamento se assemelham a práticas discursivas, pois talvez seja através dos discursos que surgirá esta sina de isolamento e punição da loucura. 

- Pesquisa: Davi Reis de Jesus
- Fonte: Brasil Escola

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Filosofia do Direito em Hegel.

Se a razão – como diz Hegel – “é a certeza consciente de ser toda a realidade” e a verdade reside apenas no todo, as partes se tornam racionais à medida que participam do todo de forma consciente. O Estado para Hegel é um todo ético organizado, isto é, o verdadeiro, porque é a unidade da vontade universal e da subjetiva. É, como entende o referido autor, a substância ética por excelência, significando com isso que Estado e a constituição são os representantes da liberdade concreta, efetiva.
O direito estatal externo repousa sobre relações entre Estados autônomos. Contudo, o Estado para Hegel é o que é em-si e para-si e, portanto, tem a efetividade de sua universalidade ou totalidade plena. Esta totalidade refere-se à união do espírito objetivo e o espírito subjetivo em que o indivíduo tem sua realidade e objetividade moral sendo parte do todo ético. Dessa forma, o indivíduo tem uma relação jurídica para com o Estado, isto é, tem um tribunal acima de si que realiza o direito enquanto liberdade. Mas as relações entre estados, diz Hegel, não são da mesma natureza que as dos indivíduos em sua vida privada e o Estado: sendo cada Estado uma totalidade em-si e para-si, sua vontade reside na particularidade para a qual se volta (substância ética, o povo). Daí que, não havendo nada acima do Estado, a relação entre os Estados se dá na forma do contrato e do respeito mútuo. Um Estado precisa ser reconhecido por outro para que tenha sua legitimidade absoluta.
Verifica-se que tal consideração sobre o Estado mostra-o, em sua individualidade, no estado de natureza. Isto nos leva a compreender que se não há acordo entre as vontades particulares dos Estados em meio a uma disputa, esta só pode ser resolvida com a guerra. A guerra, para Hegel, é legítima, pois além de ser considerada transitória (porque contém em si a possibilidade da paz), ela também é válida para a saúde moral dos povos, renovando a vaidade dos bens e coisas temporais.
Assim, fica de certo modo evidenciada a pouca simpatia do filósofo pela criação de um Estado mundial. Para que isto fosse possível, seria necessário que houvesse um acordo unânime entre todos os Estados de tal forma que prevalecesse a vontade universal, o que, segundo Hegel, dificilmente ocorrerá porque as considerações desta organização sempre repousariam sobre uma forma de contingência, isto é, sobre princípios de uma vontade particular.
Entretanto, o problema é: se o Estado é a razão efetivada, as contradições em seu interior não levariam à superação deste, já que a lógica de Hegel sempre prevê uma síntese? Mesmo que a razão não leve ao seu contrário, as contradições no interior do Estado serviriam somente para aperfeiçoar as suas instituições, uma vez que “a história universal é o progresso na consciência da liberdade” e o Estado, conforme Hegel, é o fim (télos) da história? Além disso, ainda conforme a sua lógica, não deveria Hegel ter concebido uma organização mundial, um todo pleno (assim como preferiu um Estado a uma coleção anárquica de indivíduos) do que uma coleção de Estados anárquica?
Portanto, são essas as principais questões com relação ao direito estatal externo hegeliano. O que se evidencia é a possibilidade de que Hegel teve um momento de sua particularidade, que pode ter seu contraste no fato de que, na juventude, idolatrava Napoleão e desprezava a Prússia, mas, em adulto, foi um servidor fiel do Estado prussiano. Se verdadeiramente há um progresso da liberdade na consciência, por que este não se dá a nível cosmopolita, restringindo-se a um espírito objetivo de um povo e, com isso, de vários povos, não sendo, portanto, universal? Hegel vê o Estado em sua multiplicidade de relações exteriores, sem nenhum fundamento que as justifique ou as legitime senão o acordo contratual entre os Estados visando, cada um, o seu bem-próprio. Em caso contrário, dar-se-á a guerra que, como já vimos, é até benéfica e devidamente justificada.
- Por João Francisco P. Cabral
- Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU 
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Portal: Brasil Escola

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Kant e o conceito de Belo.

Bom dia senhor leitor (Pocha já estamos na segunda-feira), hoje vamos tratar de um assunto muito brega se mal entendido for, o Conceito de Belo, e um dos maiores pensadores da História da Filosofia (que para mim é o maior) nos define  bem esse conceito, Immanuel Kant e o Belo. Bom, os juízos estéticos são elementos evidentes por si só. Porém, diante da existência do juízo estético, colocam-se dois problemas: o de estabelecer o que seja propriamente o belo que nele se manifesta; e o de remontar ao fundamento que o torna possível.
Kant, evidentemente, divide a beleza em duas espécies: “a beleza livre, que não depende de nenhum conceito de perfeição ou uso; e a beleza dependente, que depende desses conceitos. Conseqüentemente, os juízos estéticos estão relacionados com a primeira espécie de beleza”
O belo segundo Kant, certamente não pode ser uma propriedade objetiva das coisas, como o belo ontológico , mas sim algo que nasce da relação entre o sujeito e o objeto. Além disso, é aquela propriedade que nasce da relação dos objetos comparados com o nosso sentimento de prazer e que nós atribuímos aos próprios objetos.
A imagem do objeto referida ao prazer, comparada a este e por este avaliada dá lugar ao juízo de gostar, assim definido: “O juízo de gosto ou estético é universalizável: o seu objeto provoca a adesão de outros sujeitos conscientes, na medida em que o prazer desinteressado não é uma satisfação confinada ao que particulariza como indivíduo, mas depende da capacidade de sentir e de pensar, comum a todos os homens”.

Daí, o belo caracterizar-se como objeto de “prazer sem interesse”. Falar de prazer sem interesse significa falar de prazer que não está ligado ao grosseiro prazer dos sentidos, (Kant falou muito dos sentidos em sua obra Crítica da Razão Pura) nem ao útil econômico e ao bem moral.
Belo, para Kant, é aquilo que agrada universalmente, sem conceito. O sentimento de prazer do bem é universal, segundo o pensamento Kantiano porque vale para todos os homens e, portanto, se diferencia dos gostos individuais; entretanto, essa universalidade não é de caráter abstrato ou conceitual. Trata-se, portanto, de uma universalidade “subjetiva”, no sentido de que vale para cada sujeito.
Entretanto, bela é a forma da finalidade do objeto percebida sem o próprio objetivo. Diante do belo da natureza, nós percebemos como que a presença de um desígnio intencional pelo qual o objeto belo se nos configura como obra de arte. Ao contrário, diante de uma obra de arte, que segue um desígnio intencional, nós sentimos que ela é verdadeiramente bela quando aquela intencionalidade se oblitera e o objeto parece uma criação espontânea da natureza.
Uma vez que reunidas as duas qualidades, parecidas em algumas partes, mas não convergentes, podemos dizer que no conceito de belo, da natureza ou da arte, é preciso que exista e não ao mesmo tempo fim, ou seja, exista como se não existisse, isto é, que a intencionalidade e a espontaneidade estejam unidas de tal maneira que a natureza pareça arte e a arte pareça natureza, um só, ambas com as mesmas características no ser e em seu pensamento.
Concluímos que, o conceito de belo é aquilo que é reconhecido, sem conceito, como objeto de prazer necessário do homem. Trata-se, obviamente, não de uma necessidade racional, apriorística ou lógica, mas sim subjetiva, no sentido de que se trata de algo que se impõe a todos os homens e seus valores morais.

Enfim, caro leitor, o conceito de belo deixa de ter suas definições no senso comum, para um conceito mais crítico que podemos encontrar em uma das maiores obras de kant (Crítica da faculdade do juízo) escrito em 1790, , É um assunto que vendo na tv da forma negativa, eu particularmente acho uma piada!
- Enfim...Bom dia leitores e até amanha.


Por: Davi Reis de Jesus