quinta-feira, 27 de junho de 2013

Pensamento Kantiano e seu criticismo.



O CRITICISMO KANTIANO
Introdução
Kant é seguramente o filósofo mais importante da Ilustração e, quiçá, de toda a
modernidade. Por isso frequentemente se divide o pensamento moderno entre pré-
kantiano e pós-kantiano. Quando falamos assim, na verdade, estamos distinguindo entre o
tipo de filosofia que se fazia antes e depois da Crítica da razão pura, já que é nesta obra que
são sintetizados os princípios do criticismo kantiano e da revolução copernicana na
filosofia.
No entanto, Kant não foi sempre um crítico, já que possuiu uma larga fase denominada
pré-crítica, na qual ainda não havia desenvolvido o criticismo. Contudo, podemos
interpretar toda esta ampla etapa como um continuado esforço de Kant para conseguir
formular o criticismo, que constitui seu pensamento maduro e a síntese de sua
contribuição filosófica. Deve-se notar, contudo, que Kant possui um pensamento muito
complexo e bem mais amplo que o identificado com suas três críticas: Crítica da razão pura,
Crítica da razão prática e Crítica da faculdade de julgar.
Kant recebeu e forneceu resposta específica a praticamente todas as grandes correntes
filosóficas de seu tempo: à tradição racionalista moderna, sobretudo a partir da
perspectiva da chamada Escola de Leibniz-Wolff; à tradição da ciência física matemática,
especialmente desde o sistema de mundo de Newton; à tradição empirista moderna,
especialmente desde as conclusões céticas que dela extrai Hume; ao pensamento e a
atitude da Ilustração, mormente da formulação que lhe deu Rousseau; e, também, à
tradição religiosa cristã, sobretudo a partir do pietismo luterano no qual Kant foi educado.

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